Lendo conteúdos para alimentar o site, resolvi abordar algumas questões referentes aos benefícios de se trabalhar com a argila, com a cerâmica. Não sou Artetarepeuta, mas irei disponibilizar alguns conteúdos interessantes encontrados durante essa pesquisa.
Acredito que são vários os fatores que podem levar uma pessoa a buscar um fazer artístico, seja para aliviar o estresse, seja para participar de espaços de convívio, para expressas sentimentos, ideias, etc. Não importa o motivo.
No caso específico da argila, existem estudos que apontam uma série de benefícios para os que se aventuram nesse fazer artístico. Desde os físicos aos mais subjetivos.
O indivíduo ao viver a experiência de criar algo com as próprias mãos, revela todo seu “EU” desconhecido, sua potencialidade em “ser”, exisitr.
Ao nos depararmos com a arte, estamos lidando com uma infinidade de significados, várias imagens, percepção, linguagens, símbolos, ação e principalmente a subjetividade do sujeito.
A arte implica em criar, modificar, transformar, e tem em sua essência um efeito modificador, transformador e terapêutico. A arte permite o revelar, expressar, o sentir.
Cada produção artistica vai proporcionar algumas modificações internas e externas tais como: coragem, disciplina, adequação, originalidade, essência entre outras.
REFUNCIONALIZAR AS MÃOS
O psicólogo e psicomotricista André Trindade acredita na importância de “refuncionalizar as mãos”.
“Na maior parte das vezes, usamos a mão mecanicamente, sem prestar atenção”, diz. Segundo Trindade, formado na Bélgica, a melhor maneira de mudar isso é, literalmente, meter a mão na massa. “No exercício de atividades como trabalhar com cerâmica, a função da mão não é mecânica, você se reconhece o tempo todo”, afirma.
MODELANDO A ARGILA
A argila, ao mesmo tempo em que ajuda a lidar com os limites do real, do sólido, também permite trabalhar a própria flexibilidade. Tambem é excelente para projetos de grandes proporções e para liberar tensões.
Pode se dizer que o autor da obra vai se descobrindo ao longo do processo de construção, completando-se a medida em que vai ultrapassando barreiras, e vivenciando as alternativas que encontra na vida.
À medida que o indivíduo se permite experimentar, vivenciar a arte ele irá descobrir novas possibilidades de construção, realização e encantamento. Torna-se arquiteto de sua própria obra, gerando energia vital que garante o crescimento e o equilíbrio dentro de si.
Como resultado, a pessoa tem suas tensões liberadas e apresenta interação criativa, domínio motor, auto-expressão, interação lúdica, expressão da forma tridimensional e desenvolvimento interpessoal.
A modelagem da argila traz flexibilidade e versatilidade. Permitem maior expressão, aproxima as pessoas de seus sentimentos. Dá forma ao imaginário.
A escultura possibilita a estruturação e construção, ao acrescentar, e o desapego, ao retirar partes. Libera a agressividade.
Fontes de pesquisa:
Autor Christophe André de seu livro Auto-estima
Luciana Costa romão da Silva “A auto estima e a arteterpaia”